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SUICÍDIO
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O tema de nosso estudo nesta publicação nos fará percorrer as noções básicas de um fenômeno humano intrigante, de muita importância para todos nós e que solicita dos estudiosos das ciências da Saúde Mental posicionamentos e orientações urgentes. Em todo o mundo é muito grande o número de pessoas que morrem por suicídio e nos EUA, por exemplo, as estatísticas revelam 30.000 mortes por ano.
O suicídio é definido como uma morte auto-infligida, intencional. Deve ser diferenciado da tentativa de suicídio que é um ato não letal que tem a morte como sua meta, aparentando a vontade de morrer.
Sim. Para cada suicídio há um grande número de tentativas de suicídio e gestos suicidas que são indicadores de intenção com um conteúdo manipulativo do ambiente e das pessoas à volta.
As pessoas que estão em maior risco são as portadoras de transtornos mentais e de doenças físicas mutilantes ou que produzem dor, com idade mais avançada, isoladas socialmente, com pouco suporte familiar, com pouca flexibilidade mental frente às mudanças sociais e econômicas e que estão passando por situações estressantes ou humilhantes ou de perdas materiais ou afetivas.
É extremamente raro a ocorrência de suicídio até os 12 anos. Tipicamente o suicídio é uma ocorrência das faixas etárias mais altas mas ultimamente tem sido observado um grande aumento do número de suicídio nos que estão entre 20-40 anos, constituindo uma importante causa de morte nesta faixa etária.
Sim. A chamada ideação suicida que é constituida pelos pensamentos recorrentes de procurar a própria morte é um ingrediente do risco suicida embora muitas pessoas que a manifestam não chegam a fazer nenhuma tentativa.
Os homens tendem a usar métodos mais violentos como saltar de lugares elevados e o uso de armas de fogo.
O motivo mais determinante das tentativas e dos suicídios realizados é escapar de um sofrimento mental considerado insuportável e a pessoa não consegue ver outra forma senão esta. Os suicidas têm um estreitamento na maneira de ver o mundo e a sua vida que é denominado ´´visão em túnel``. Não conseguem ver alternativas que estão disponíveis e se sentem sem saída.
São as fantasias de reunião com pessoas queridas que já morreram, de adquirir poder e contrôle sobre as pessoas, de renascimento (voltar para uma vida melhor, com menos sofrimento e melhores condições).
A observação clínica, os estudos das famílias de suicidas, os estudos de gêmeos e filhos adotados revelam a existência de fatores genéticos na propensão e risco de suicídio.
Os estudos do líquido cefalorraquidiano de pessoas que cometeram suicídio levam à hipótese de uma falta de um neurotransmissor ( substância química que participa da transmissão de mensagens entre as células do sistema nervoso) a serotonina.
Sim. É bastante conhecido o fenômeno de contaminação suicida. Se um suicídio é muito divulgado ele vai desencadear uma série de outros de pessoas que, obviamente já eram suicidas em potencial.
Não. Este é um dos mitos em relação ao suicídio. Não é falando e discutindo francamente com uma pessoa acerca de suas idéias e tendências suicidas que ela entrará em risco. É justamente o contrário; quando uma pessoa pode falar e encontra compreensão do seu sofrimento é que o risco diminui.
As mais comuns são: - responsabilidade com a família e principalmente com filhos. ´´ Não posso deixar meus filhos para outros cuidarem, minha família depende de mim``
A ocorrência do suicídio é determinada por vários fatores que se somam. Ao sentimento de desesperança e intensa dor psíquica somam-se outros fatores, como isolamento social, estresses da vida profissional, mudanças bruscas na situação social e financeira, envelhecimento e diminuição de possibilidades, alterações de saúde, transtornos mentais e outros fatores. É conhecido o fato de que muito suicidas estiveram em consulta médica no período recente que antecedeu o suicídio. Por que não é detectado o risco? Muitas pessoas que já têm uma decisão de cometer o suicídio não discutem as suas idéias com ninguém, nem mesmo com o médico e isto dificulta a detecção da intenção suicida.
Sendo um acontecimento multifatorial a prevenção é difícil. Em alguns dos fatores do suicídio pode haver a intervenção de ações de saúde mental. Em outros fatores que têm determinantes sociais e econômicas isto não é possível. Quais são os sinais, sintomas e dados de história de vida que alertam para um risco suicida e podem possibilitar uma ação preventiva? Podemos citar: É importante ressaltar que os estudiosos deste assunto ainda não produziram nenhum instrumento de detecção de risco de suicídio que seja de utilidade na prática clínica. O que conta mais nas ações de prevenção e detecção do risco é a experiência clínica do médico ou terapeuta que atende o paciente.
Divulgando idéias científicas a respeito deste tema, procurando conhecê-lo mais profundamente, ajudando a eliminar os preconceitos que envolvem os suicídios e os mitos que dificultam a abordagem. Devemos estar atentos às pessoas que apresentam os fatores de risco que estudamos e encaminhá-los, sempre que possível, a profissionais de saúde mental com experiência para avaliar a extensão dos riscos.
As pessoas que conseguiram realizar o intento suicida já não podem ser objeto de nenhuma ajuda mas os seus familiares e principalmente os filhos podem ser ajudados na minimização dos danos provocados pelo suicídio, o que será preventivo da ocorrência de outros.
Citaremos o exemplo de uma história clínica para que cada um avalie se existe esta forma de suicídio.
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Criação: Tania Parejo |