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COMPREENDENDO O TRANSTORNO OBSESSIVO - COMPULSIVO
- TOC -
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Embora existam descrições deste transtorno desde o século dezoito ele ficou abandonado pelos profissionais de saúde mental e meios de comunicação até recentemente, quando foram retomados estudos e sua divulgação. O TOC continua sendo um enigma para os estudiosos quanto a suas causas, curso clínico e tratamento mas progressos enormes já foram realizados. Ocupa o quarto lugar entre os transtornos psiquiátricos mais comuns e é colocado pela Organização Mundial da Saúde entre as dez condições médicas ( de todas as especialidades ) mais incapacitantes para o indivíduo atingido. A alta incidência e o enorme sofrimento dos portadores do TOC justificam o enorme esforço de pesquisa envolvendo este tema.
A caracterização do transtorno está baseada na ocorrência primária de obsessões e compulsões, com uma diversidade muito grande, o que torna a sua caracterização e diagnóstico difíceis para os especialistas. O que são as obsessões e as compulsões que caracterizam o TOC ? Obsessões são pensamentos, idéias, impulsos e imagens mentais recorrentes, intrusivos e vivenciados como desagradáveis e como próprios do indivíduo, ocasionando ansiedade ou mal-estar, que consomem muito tempo e interferem negativamente nos relacionamentos e atividades do portador. Qual é a temática mais comum das obsessões? Em geral é referente a acidentes, perda de pessoas queridas e contaminação. E as compulsões mais comuns? Praticamente qualquer comportamento pode se tornar uma compulsão mas os rituais de lavagem ( de objetos, de mãos e banhos ) são muito frequentes. Só os portadores do TOC apresentam obsessões e compulsões? Não. Qualquer pessoa pode manifestar obsessões e compulsões. O que as tornam características do TOC é a elevada ocorrência, consumindo muito tempo do indivíduo e prejudicando seriamente o seu funcionamento social, profissional e de vida familiar. Alguns portadores chegam a ficar a maior parte do dia ocupados com as obsessões e os rituais compulsivos. Há casos em que o portador do TOC destroi a pele da mão de tanto lavá-la. Se o TOC causa tanto sofrimento o portador procura logo ajuda médica? Não. Alguns estudos mostram que, em média, há um intervalo de 7 anos desde o início do sintomatologia ( adolescência, início da vida adulta e mais raramente na infância, mais cedo para os homens que para as mulheres ) e a procura de ajuda, frequentemente determinada por familiares e amigos que já não suportam o que esta acontecendo com o portador. Por que é necessário a intervenção de amigos e familiares? O portador do TOC tenta manter em segredo o seu transtorno e tem consciência da falta de sentido de suas obsessões e compulsões e tenta escondê-las ao máximo, mesmo de pessoas com que convivem intimamente. Só procuram ajuda quando estão muito deprimidos ou com medo de fazer mal a alguém de uma forma demasiado intensa. É grande o número de portadores de TOC na comunidade? Os estudos mostram uma incidência de 2% na população, o que coloca o TOC na 4º lugar entre os transtornos psiquiátricos mais frequentes. Esta ocorrência é praticamente a mesma em todos os países que desenvolverem estudos sobre o TOC, o que aliado a uma igualdade dos casos clínicos (mostrando pouca influência dos fatores culturais) faz pensar numa base biológica para o transtorno. Qual é a causa do TOC? Não existe uma causa única específica para o TOC. Ainda falta muito para atingirmos um melhor entendimento das origens do TOC. A possível causa do TOC deve resultar da interação de fatores genéticos, ambientais e bases neurobiológicas ( alterações em circuitos cerebrais e seus neuro-transmissores ) com fatores próprios do funcionamento psicológico do indivíduo ( tendência ao pensamento mágico, perda da delimitação entre o que é pensamento e o que é realidade). Uma vez instalado, qual é o curso clínico do TOC? Podemos afirmar, de uma forma geral, que os sintomas obsessivos apresentam flutuações , períodos de melhora e piora sem que ocorra uma melhora total na maioria dos casos, o que leva a uma cronificação do transtorno. Há fatores desencadeantes do TOC? Estima-se que em até 70% dos casos houve um fator precipitante ( eventos de vida estressantes em momentos de vulnerabilidade ) identificável. Quais são as complicações mais comuns do TOC? A depressão ( muitas vezes impossível de se distinguir sintomaticamente da depressão maior ) é provavelmente a complicação mais comum do TOC. Quais os critérios que os especialistas usam para estabelecer o diagnóstico do TOC ? A classificação das doenças da Organização Mundial da Saúde OMS coloca o TOC junto aos ´´ transtornos neuróticos, relacionados ao estresse e somatoformes `` e recomenda para seu diagnóstico: . Os sintomas obsessivos, atos compulsivos ou ambos devem estar presentes na maioria dos dias por pelo menos duas semanas consecutivas e ser fonte de ansiedade ou de interferência com as atividades. • O sintomas devem ser reconhecidos como pensamentos ou impulsos ao próprio indivíduo. Há outros critérios além dos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde? Sim. O Manual Estatístico e Diagnóstico da Associação Psiquiátrica Americana considera o TOC no grupo dos transtornos de ansiedade e estabelece que o diagnóstico deve ser feito com os seguintes critérios: A - Presença de obsessões ou compulsões - obsessões definidas como (1), (2), (3) e (4) Compulsões definidas como (1) e (2) 1- comportamentos repetitivos ( por exemplo lavar as mãos, colocar coisas em ordem averiguar ) ou atos mentais ( por exemplo rezar, cantar, repetir palavras silenciosamente) que a pessoa sente-se impulsionada a realizar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que deve aplicar B - Em algum ponto do curso do transtorno a pessoa reconheceu que as compulsões são excessivas ou irrazoáveis. C - As obsessões ou compulsões causam acentuado mal-estar, consomem tempo ( mais que 1 hora ao dia ) ou interferem significativamente com a rotina normal da pessoa, com o funcionamento ocupacional ( ou de estudos ) com as atividades sociais e relacionamentos. D - A perturbação não é devida a efeitos fisiológicos diretos de uma substância ( por exemplo, uma droga de abuso ou medicamentos ) ou a uma condição médica geral. Como é o tratamento do TOC? Os antidepressivos em doses elevados têm lugar assegurado no tratamento do TOC, principalmente os que agem predominantemente na serotonina (sertralina, fluoxetina, clomipramina, paroxetina, etc. ) Qual é o prognóstico dos portadores do TOC? É um fato reconhecido em psiquiatria que o TOC tem um prognóstico ruim, as melhoras são parciais e não existe uma cura para o transtorno. O seguintes fatores podem ser considerados de bom prognóstico: • idade de início mais tardia Há alguma ajuda além dos tratamentos medicos? Sim. Os pacientes podem se beneficiar de associações de familiares e portadores do transtorno obtendo mais informações e suporte emocional para conviver com um transtorno que irá acompanhá-los durante toda a sua vida. Como procurar ajuda para alguém que apresenta os sintomas do TOC e quer fazer um tratamento? É importante iniciar a procura pelos recursos mais próximos ao paciente como o médico da família, o centro de saúde do bairro, ambulatório médico do trabalho, da escola etc. Caso o médico que faz o primeiro atendimento não tenha experiência no tratamento do TOC ele saberá indicar um especialista.
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Criação: Tania Parejo |